Nos últimos anos o nosso Planeta tem experimentado múltiplas catástrofss, incomensuráveis devastações e astronômicos prejuizos.
Terremotos, maremotos, tsunamis, guerras, atos de terrorismo, etc., etc.
Fico profundamente admirado ao ler comentários de vários “especialistas” na área de conhecimento e interpretação das Escrituras, os quais negam peremptoriamente que esses acontecimentos tenham qualquer relação com o texto bíblico e signifiquem de alguma maneira avisos escatológicos.
Tudo me leva a crer que uma nuvem de letargia está começando a tomar conta da mente e do coração de pessoas que exercem liderança perante a Igreja do Senhor. Na mente, por causa do pálido entendimento e no coração, devido a insensiblidade.
Estou escrevendo estas notas enquanto os instrumentos da mídia relatam com grande precisão os acontecimentos do Japão, vítima de um terremoto seguido de tsunami.
Muitos “mestres”estão ensinando aos seus discípulos que sempre houve terremotos, ao longo dos milênios de História da sociedade humana. Logo, estes não precisam ser observados sob uma perspectiva bíblica.
Acrescentam que tsunami e outros fenômenos são fatos sem qualquer conotação bíblica.
Lembro-me da revolução havida nas décadas de 80 e 90 do século passado, quando os teólogos exageraram absurdamente nas interpretações da Escatologia e os púlpitos de praticamente todo o mundo foram inundados por mensagens apocalipticas.
Os excessos foram evidentes. As frustrações, também.
A essa situação seguiu-se outra: o abandono das mensagens sobre a volta de Jesus, um fervente e progressivo esquecimento dos textos proféticos da Bíblia e o resultado está sendo sentido transparentemente: um estado coletiva e universal de indiferença.
No Brasil, particularmente, a Igreja Evangélica tem sido estimulada a uma vida de prosperidade terrena e compulsória. Paralelamente, nosso País tem experimentado melhoras de natureza sócio-econômkica em sua população, de sorte que o povo de Deus simplesmente tem se acomodado.
Quem está promovendo Congressos com temática escatológica? Onde estão sendo realizados Seminários sobre os Sinais dos Tempos? Quais os pregadores de projeção nacional que estão pregando a Segunda Vinda de Cristo?
Os livros de Escatologia foram e continuam a ser substituidos por Manaus de Auto-ajuda.
Certamente uma das poucas exceções é a equipe da Chamada da Meia-Noite. Mas, é muito pouco para uma ocasião tão carente.
Qualquer estatística genuina sobre os terremotos havidos nos últimos séculos nos assegura que eles estão se multiplicando grandemente, decênio após decênio.
Antes que termine, desejo somente citar dois trechos da Bíblia, absolutamentes ausentes dos púlpitos, das Escolas Dominicais, das Escolas Bíblicas de Obreiros e dos Seminários: Isaias 5.30 e Lucas 21.25.
O primeiro versículo diz: E bramarão contra eles naquele dia, como o bramido do mar; então olharão para a terra, e eis que só verão trevas e ânsia, e a luz se escurecerá nos céus.
Quanto ao segundo, este é o seu conteúdo: E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas.
Durante séculos os expositores-escritores da Bíblia ensinaram que a expressão bramido do mar deve ser entendida numa dimensão alegórica e que Jesus estava se referindo a convulsões sociais em nosso Planeta.
Não deveríamos repensar isto, com piedade, sabedoria e espírito de revelação?
Lucas 21 se insere no contexto do Sermão Profético e é o texto paralelo de Matues 24.
Pareceria aos meus leitores fora de propósito estimular a Igreja a voltar a preocupar-ee com a Volta do Mestre?
Se nada do que está acontecendo no mundo é profético e escatológico, das duas uma: Ou Jesus nunca voltará a esta Terra ou nada de verdadeiro existe em seu grandioso Sermão Profético.
A Cristandade não está atentando para os ensaios. Que não se seja apanhado de surpresa pela Orquestra, em sua forma final de exibição.
Chego a recordar o que o próprio Jesus declarou a respeito da entrada de Noé na Arca. Os homens assistiram por mais de um século a construção da Arca, mas quando chegou o momento do patriarca nela entrar, disse Jesus, não o perceberam.
Estaríamos nós atualmente como Lázaro? Ressuscitado, porém, com uma faixa nos olhos? Ressuscitado, porém, incapaz de ouvir?. Ressuscitado, porém com mãos e pés atados?.
Se os fatos havidos no Chile, no Haiti, na Indonésia, no Japão, etc, nada significam, que coisa precisa então acontecer para que se acredite nas profecias da Bíblia?
O argumento de alguns é que os acontecimentos de Nova Friburgo não eram escatológicos, senão apenas circunstanciais e ecológicos. Sempre estão esquecidos da força da presença da Noiva, que impede o pior.
Igreja do Senhor, desvencilha-te dos “mestres” céticos e volta-te para a revelação do Espírito, até que se cumpra o estabelecido no Livro de Deus: “vós tendes a unção do Santo e sabeis tudo”.
Creio firmemente que os fatos de ontem e de hoje são sinais dos tempos. Se estes não o são, outros de igual modo não o serão.
Bem-aventurados os pregadores que deleitam as massas com as ofertas do Salmo 23. Mas os herdeiros de Apolo não substituem os filhos de Issacar.
Portanto, sejam bem-vindos os pregadores que discernem os tempos e entregam ao Povo as chaves do Apocalipse.
11 de março de 2011, 21:00
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